RETROTOPIAS

“A journey in a place that does not exist to narrate poetically identity, multifaceted heterogeny and stratified by means of several lenses that show the contradictions and the beauty of the contemporary urban agglomerations” – is like autodefine the project Retrotopias, that begins on 5 of September a series of exhibitions, interventions and artistic performances.

Named after Retrotopias, the project lent itself the name of the posthumous essay of Zygmunt Bauman, one of the most influential thinkers of the twentieth century, where the philosopher reflects on whether we are facing a future partly without hope or progress, and then begin to seek utopia in an idealized past, from which only a few parts are selected, in a more imaginary than real replication.

Idealized by Renata Junqueira and Antônio Rocco, with curators William Baglione and Cesar Meneghetti, the exhibition occupies six floors of the Magdalena Laura Building in the center of São Paulo and gives space to the diversity of artistic supports: residence, graphic production , readings, musical presentations, poetry, videos, performances, exhibitions, among others.

The idea is to activate these new spaces, to light spotlights on a clipping of the vibrant art scene of the city, giving space to a kind of creative panel and also to enjoy this parallel event of the São Paulo Art Biennial.

Artists:  César Meneghetti, Fyodor Pavlov-Andreevich, Monica Nador, Alexandre Orion, Arthur Scovino, Herbert Baglione,  Rodrigo Linhares, Ivan Shupikov, Antonio Rocco, Luiz Martins, Giancarlo Latorraca, Guilherme Gafi, Tinho, Marcus Bastos, Daniel Minchoni + Sarau do Burro, Ateliê Typográfico SP + Marcos Mello, Jê Américo , Cristina Elias, Andrea Boller, Ding Musa, Katia Salvany, Sonia Guggisberg, William Baglione, Julia Tranchesi, Dudu Tsuda and Sandra Miyazawa.

Uma jornada num lugar que não existe para narrar poeticamente identidade, heterogenia multifacetada e estratificada de diversas lentes que evidenciam as contradições e a beleza dos aglomerados urbanos nos dias de hoje.

RETROTOPIASuma mostra, que é um desafio à nossa ideia de metrópole e que usa a intensidade e a riqueza da arte contemporânea para evidencia-la. Idealizada por Renata Junqueira de Azevedo e com o apoio de Antônio Rocco, com o apoio de William Baglione, Luiz Martins e César Meneghetti a mostra ocupa quatro andares do Edifício Madalena Laura no centro nevrálgico de São Paulo.

Polarização ideológica, Lava-Jato, Brexit, Trump, a reorganização do poder entre Oriente e Ocidente, uma nova proposta de globalização liderada pela China, a perda de crédito nas instituições, o retorno do extremismo na política, nova onda imigratória, o desmonte do estado são todos elementos de discórdia que testemunham a diferença entre um mundo repleto de certezas que havíamos previsto e o presente, repleto de incertezas.

O título, um neologismo efetivo inventado pelo grande sociólogo polonês Zygmunt Bauman no seu homônimo volume póstumo, fala de um futuro de retornos de e para o passado. A “retrotopia” segundo Bauman, é o oposto de utopia para evitar a distopia, é uma utopia voltada para trás, onde as mudanças não seriam mais pensadas como uma viagem para o futuro, a uma terra desconhecida e imaginária, mas como um passo de volta, para um tempo conhecido, reconfortante e sobretudo, dotado de potenciais enormemente reprimidos ou negados no passado, um passado porém que não há soluções. Inventando e modelando à vontade – para formular e legitimar ideias políticas e transformar o mundo. Nessa atração pelo passado, Bauman acredita que nunca encontraremos soluções para melhorar a sociedade. Para confirmar isso, o autor faz uma lista lamentável daqueles que ele acredita que são a “retrotopias” mais importantes e abrangentes do nosso tempo: os projetos políticos e pessoais não inclusivos e individualistas que não pretendem corrigir os vícios da sociedade para o benefício de uma entidade coletiva, mas apenas de uma pequena parte da comunidade ou pior ainda, somente para si mesmos. Um comportamento anacrônico em um tempo como o nosso, em que as relações humanas devem ser inspiradas por uma visão cosmopolita.

A mostra dedicada a vitalidade artística da cena artística paulistana e nacional, em um momento histórico contraditório e extraordinário com feridas abertas para uma outra visão de mundo possível. Neste mundo incerto em termos globais a arte é chamada em causa para encontrar um sentido, uma outra visão, um diálogo em equilíbrio. RETROTOPIAS uma exposição multidisciplinar que combina pesquisa artística, fotografia, vídeo, grafite, pintura, escultura, performance, design, música, arquitetura e urbanização se desdobra em torno de obras que catalisam a atenção, capazes de recriar o sentimento de futuro no espaço da cidade e sua dinâmica.